sábado, 24 de outubro de 2009

Poemeto no balcão




Fechar o bar




(luiz alfredo motta fontana)







A mesa

ao canto

o murmurinho em delicado estéreo




O garçon ao alcance do aceno

o uísque tomado em horas

vagarosamente

no ritmo do gelo




O murmurinho cresce

em agudo quadrifônico




A estratégia permanece

o canto resiste inacessível

além do incômodo

aquém do estorvo




O murmurinho por fim se cansa

as mesas rareiam...



- é doce fechar o bar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário