Poemeto no balcão
Fechar o bar
(luiz alfredo motta fontana)
A mesa
ao canto
o murmurinho em delicado estéreo
O garçon ao alcance do aceno
o uísque tomado em horas
vagarosamente
no ritmo do gelo
O murmurinho cresce
em agudo quadrifônico
A estratégia permanece
o canto resiste inacessível
além do incômodo
aquém do estorvo
O murmurinho por fim se cansa
as mesas rareiam...
- é doce fechar o bar!
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