sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Poemeto no balcão




A distração




(luiz alfredo motta fontana)








A mesa, ao canto.

O olhar, além da outra calçada.

O maço de cigarros, pousado, sobre o pano quadriculado da mesa, em parceria com um antigo relógio de bolso.

Nada destoava desse estranho arranjo.



A dúvida?

Qual personagem ainda faltava?

Que certamente desenharia um sorriso naquele estranho.

Da sua mesa, no canto oposto, não se percebia, nenhum vestígio, nenhum sinal, nenhum enredo.



Por várias doses nada mudou.

Por fim, num distraído olhar para a moça que passava...

Percebeu, que a espera era dele.

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