domingo, 9 de maio de 2010

Poemeto no balcão





Dona Luiza*, assoviando velhas canções





(luiz alfredo motta fontana)





noite de junho

guiado pelo luar

emergi



Ela

num sorriso delicado

transformou-se

de tépido oceano

em seguro porto



afagos

cuidares

e eventuais ralhos

compunham o berço



estendeu limites

quase que em silêncio

enquanto o crescer

assim o pedia



o seu entorno

foi meu lar

jamais reconheci como minhas

paragens outras

tornei-me hóspede

em cada novo domicílio




hoje

quando busco abrigo

resto envolto em saudade



ainda ouço velhas canções

que distraída

assoviava

entre fainas diárias


* Luiza Motta Fontana

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