A menina de 50 (um quase conto...)
(luiz alfredo motta fontana)
Retocava com vagar os lábios.
O toilette do barzinho era agradável, tons leves, iluminação adequada, uma profusão de lenços e toalhas de papel, e principalmente, aquela hora, deserto...
Entre os detalhes do retoque sorria, o pensamento fluia em rápidas pinceladas:
- "Diferente aquele homem, não disfarçava o interesse, deixava claro o quanto estava interessado..."
Conferiu a bolsa, verificou novamente o celular, por sorte nenhuma ligação, nem mesmo da filhinha, querendo conferir o decorrer do encontro. ela que insistira em cada detalhe sobre a festa na noite anterior:
- Mamãe, como foi mesmo que ele chegou?
- Assim? Só estendeu a mão e você foi dançar com ele?
E surpresa, investia:
- Você, toda cheia de frescuras!!!
- Não acredito, e ainda ficou com ele a noite inteirinha, até o final?
- Nossa!!!!
- Deve ser o máximo!!!
Pensando bem, nunca antes se livrara da "turminha" tão facilmente, a ponto de achar graça no desfilar das meninas, em fila indiana, despedindo-se, e verificando o atrevido.
Bem que insistiu em dizer que apenas se envolvera com o jeito descontraído, com o sorrir fácil, e quem sabe até mesmo com o efeito daquelas doses de uísque por ele servidas. Tudo bem que só uns dois, ou seriam três?
Só lembrava que gostara, a mesma sensação que sentiu ao receber, às duas da tarde, a ligação e o convite para o barzinho. Aceitar foi tão natural, que nem mesmo deu conta, só depois, mas era tarde, e afinal: - Porque não?
Fechou a bolsa, sentindo ainda o mesmo eriçar de quando o olhar lhe acariciou, parecia que a tocava, sem pressa, mas sem pudor, enquando falava do encanto de seu "jeitinho de menina"!
Aquele olhar a levara ao toilette, embora não precisasse, mas queria, porque queria, conferir a umidade.
- Incrível..., era fonte, intensa e viva, e era apenas o olhar...!!!
Quando retornou à mesa, já decidira, estendeu simplesmente a mão e sussurrou:
- Vamos!!!
A lua iluminava seus passos, de menina de 50, em direção ao carro...
O toilette do barzinho era agradável, tons leves, iluminação adequada, uma profusão de lenços e toalhas de papel, e principalmente, aquela hora, deserto...
Entre os detalhes do retoque sorria, o pensamento fluia em rápidas pinceladas:
- "Diferente aquele homem, não disfarçava o interesse, deixava claro o quanto estava interessado..."
Conferiu a bolsa, verificou novamente o celular, por sorte nenhuma ligação, nem mesmo da filhinha, querendo conferir o decorrer do encontro. ela que insistira em cada detalhe sobre a festa na noite anterior:
- Mamãe, como foi mesmo que ele chegou?
- Assim? Só estendeu a mão e você foi dançar com ele?
E surpresa, investia:
- Você, toda cheia de frescuras!!!
- Não acredito, e ainda ficou com ele a noite inteirinha, até o final?
- Nossa!!!!
- Deve ser o máximo!!!
Pensando bem, nunca antes se livrara da "turminha" tão facilmente, a ponto de achar graça no desfilar das meninas, em fila indiana, despedindo-se, e verificando o atrevido.
Bem que insistiu em dizer que apenas se envolvera com o jeito descontraído, com o sorrir fácil, e quem sabe até mesmo com o efeito daquelas doses de uísque por ele servidas. Tudo bem que só uns dois, ou seriam três?
Só lembrava que gostara, a mesma sensação que sentiu ao receber, às duas da tarde, a ligação e o convite para o barzinho. Aceitar foi tão natural, que nem mesmo deu conta, só depois, mas era tarde, e afinal: - Porque não?
Fechou a bolsa, sentindo ainda o mesmo eriçar de quando o olhar lhe acariciou, parecia que a tocava, sem pressa, mas sem pudor, enquando falava do encanto de seu "jeitinho de menina"!
Aquele olhar a levara ao toilette, embora não precisasse, mas queria, porque queria, conferir a umidade.
- Incrível..., era fonte, intensa e viva, e era apenas o olhar...!!!
Quando retornou à mesa, já decidira, estendeu simplesmente a mão e sussurrou:
- Vamos!!!
A lua iluminava seus passos, de menina de 50, em direção ao carro...
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