segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Poemeto no balcão




Um oásis




(luiz alfredo motta fontana)











Trazia com ele

guardada na memória dos sonhos

uma ausência incerta

mesmo quando distraído

ao observar o elegante desfilar

de faces desconhecidas

em breves detalhes

uma saia florida

ou uma regata delicada

a leveza dos caminhares

mesmo assim

apenas sorria

um sorriso triste

composto de uma sede constante

e embora não soubesse

pressentia

afinal ela tem como endereço

um oportuno oásis

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