domingo, 5 de setembro de 2010

Poemeto no balcão




gelo opaco





(luiz alfredo motta fontana)







Quando a noite atravessa

a mesa é desconforto

e o gelo opaco

amarga o malte




quando

"o de sempre"

tem gosto

de "não quero mais"



é hora

de retornar

ao banho e à cama

adiando o tango

remoendo boleros

e assoviando samba-canções

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