Poemeto no balcão
A orquídea e as tias
(luiz alfredo motta fontana)
insiste em florir
na época
fora dela
a cada dia
despudorada, que só vendo
ela testemunha
não houve crime
não houve dano
paga-se o preço
apaga-se o abraço
já o sorriso
a cada florada
uma nova risada
apesar de tantas tias
tantas estrias
e nenhuma esperança
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