domingo, 5 de dezembro de 2010

Poemeto no balcão

    


redundante



(luiz alfredo motta fontana)





o tempo
quando o novo
é menor que o velho
apronta das suas
escasseiam sonhos
borbulham antigas paradas
água renovada
emergem tesouros guardados
renascem antigas partiduras
transbordam memórias


prazer efêmero
de enfim conjugar
mesmo que silenciosamente
sem medos e culpa
aquele estranho verbo
redundante e reflexivo
outrora esquecido
em estrófe última

autobiografar-se
para
de novo sonhar

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