sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Poemeto no balcão
sua avenida era outra
(luiz alfredo motta fontana)
sua avenida era outra
não mais passista da escola
não mais ao alcance do beijo
não ao mais a um passo
de sua eterna rainha
rainha da bateria
que louvara em outros carnavais
o seu samba era o mesmo
a harmonia e o ritmo
seus passos ainda desenhavam
a passarela de seus encantos
mas, sua avenida era outra
distante dos risos e abraços
seu samba ainda o mesmo
acompanhando o pandeiro
dividindo o carnaval
entre certezas e o depois
recolhendo fantasias
salpicadas de luares
sua avenida era outra
nela desfilava a ausência
destaque de seu carnaval
cercada pela ala
ainda animada
deste eterno Pierrot
vestido de afagos
à mulher amada
sua avenida era outra
seu samba e rainha
os mesmos
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