Poemeto no balcão
Refrão de um samba-canção (ainda em busca de um parceiro para o samba)
(luiz alfredo motta fontana)
Fechaste a porta
disseste adeus
restou-me a calçada, e a esquina de além
Num ato simbólico, em fumaça e cigarro
marquei o caminho
com pontos em cinza
sabendo que assim
sufocava a volta
Agora distante
cinzeiro ao lado
escuto o lamento
do samba-canção
Talvez amanhã
quem sabe depois
eu volte a dançar
no bar de nós dois
Apago o cigarro
enquanto acompanho
o último acorde
do mesmo refrão
Já esqueci o caminho
perdi a noção
é teu este samba
é tua a canção.
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