sexta-feira, 2 de abril de 2010

Poemeto no balcão




Refrão de um samba-canção (ainda em busca de um parceiro para o samba)




(luiz alfredo motta fontana)













Fechaste a porta

disseste adeus

restou-me a calçada, e a esquina de além




Num ato simbólico, em fumaça e cigarro

marquei o caminho

com pontos em cinza

sabendo que assim

sufocava a volta




Agora distante

cinzeiro ao lado

escuto o lamento

do samba-canção




Talvez amanhã

quem sabe depois

eu volte a dançar

no bar de nós dois




Apago o cigarro

enquanto acompanho

o último acorde

do mesmo refrão




Já esqueci o caminho

perdi a noção

é teu este samba

é tua a canção.

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